
Na despedida, a flor disse que o amava e dispensou a redoma e os outros cuidados. Dizendo:-“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.” Disse-lhe adeus, mas não chorou. Ela era muito orgulhosa
Desiludido deixa a sua flor de lado e segue em uma viajem em prol de vôos maiores. Na jornada que o levou ao planeta Terra ele também adquiriu experiência.
Ele viaja pela compreensão dos mundos ao seu redor, dos sentimentos, etc. Porém a flor era a lembrança mais marcante do seu passado.
“Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. (...) Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.”
Mais tarde, enquanto visitava outros planetas, o príncipe conheceu um geógrafo, que morava num dos planetas visitados pelo pequeno príncipe, explicou-lhe o significado da palavra “efêmera”. Ele então entendeu que sua flor era efêmera, que estava ameaçada de desaparecer, e que a tinha deixado sozinha.
'Minha flor está ameaçada de desaparecer brevemente?'
'Minha flor é efêmera', pensou o pequeno príncipe, 'e não tem mais que quatro espinhos para defender-se do mundo! E eu a deixei sozinha!'
Ao encontrar a raposa ele aprende o valor de cativar e ser cativado e percebendo que isso requer responsabilidade:
Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho.
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